terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Armas: respeito é bom e todos nós gostamos

A celeuma causada pela questão de ter ou não armas que ocorre nas páginas deste conceituado jornal não é novidade. Tenho acompanhado com interesse os argumentos de uns e outros e agora, após o artigo intitulado “Ser da paz é babaca!”, do pastor luterano Clóvis Horst Lindner (Santa, 25 de novembro), vejo a necessidade de me manifestar. Inicialmente, gostaria de alertar ao pastor que o uso de certas gírias merece atenção redobrada no que diz respeito à etimologia. A palavra “babaca”, que reproduzo aqui a contragosto, embora seja usada atualmente como sinônimo de tolo, tem seu significado inicial como sendo o órgão genital feminino. Com um termo tão chulo no título do artigo, e sendo utilizada por um religioso, fica, logo de início, difícil dar muito crédito à opinião do mesmo.

Ao contrário do que diz o pastor, não houve qualquer mobilização em defesa do colunista Cezar Zillig, que apóia o direito de defesa do cidadão. Não houve porque eu queria que, num primeiro momento, apenas as opiniões dos leitores chegassem ao jornal. Assim, afirmo que as cartas de apoio ao colunista são fruto da participação espontânea da sociedade. Agora será diferente: faremos ampla divulgação para que todos possam comentar e participar.

O pastor e outros colunistas deste jornal esqueceram o referendo de 2005, no qual 76,64% votaram a favor do direito de possuir armas. Ou seja, de cada 10 leitores, oito são contrários ao desarmamento.

Toda discussão, desde que não descambe para ataques pessoais, é benéfica para a sociedade. O que é inadmissível é a tentativa de ditatorialmente impor uma posição para a sociedade. É isso que fazem os anti-armas: querem impor o desarmamento, e aqui reside a diferença entre nós e estes. De forma alguma queremos impor aos cidadãos a obrigação de ter uma arma. Isso é escolha, é opção. Os comentários mais exacerbados ou agressivos daqueles que possuem uma arma, seja para defesa, esporte ou caça, resultam dessa falta de respeito, dessa tentativa de arrancar-lhes um direito não só legal, mas também natural.

Fomos injustamente atacados com o argumento simplista de que quem possui uma arma deseja usá-la. Se isso fosse verdade, significaria que aquele que usa cinto de segurança quer sofrer um acidente, quem possui remédios em casa deseja ficar doente ou aquele que faz seguro contra incêndio deseja que sua casa pegue fogo. Se a tentativa de proibição baseia-se na premissa de que qualquer um que tenha uma arma é um assassino pronto para matar, por qualquer motivo, é o mesmo que dizer que qualquer homem deve ser encarado como um estuprador uma vez que possui instrumento para execução deste tipo de crime...

Todos os argumentos em favor do desarmamento foram desconstruídos no referendo de 2005. A população decidiu e os derrotados precisam respeitar o que hoje é um direito de todo brasileiro.
BENE BARBOSA|Presidente do Movimento Viva Brasil

Referência: Jornal Santa Catarina.

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