Confiram como ficou bacana o vídeo animado da campanha do recadastramento de armas. Não se arrisque como o nosso personagem, recadastre sua arma e livre-se de problemas.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
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Faixa da campanha de recadastramento de armas
Meu Deus! Está perfeito! Estou de boca aberta! Meus parabéns!
ResponderExcluirNossa, ficou muito legal! Bacana saber que expor suas animações surtiu retorno positivo!
ResponderExcluirEssa animação ficou bem feita e você conseguiu deixar ela no ponto certo. Nem super chocante, nem fraquinha demais. Bom trabalho cara!
ResponderExcluirAdianto que a sua causa também é a minha causa. A minha crítica, assim, pretende ser construtiva.
ResponderExcluirOcorre que o vídeo peca em vários aspectos.
Campanha é uma questão de passar uma imagem e de angariar simpatia de várias pessoas a uma causa comum.
Mas o vídeo acaba por criar empatia pelo bandido. Explico: o moleque parece um ninja maluco, que faz tocaia e não dá comando e oportunidade para o ladrão se render. E não se vê se o ladrão está armado e a oferecer perigo de vida a alguém. Logo, o rapaz não agiu em legítima defesa!
A mensagem passa a ser "recadastre a sua arma de fogo e então sacie a sua vontade de matar bandidos impunemente", ou então "para os perigosos armamentistas, um colar vale mais do que uma vida humana".
Proponho o seguinte: assistam ao filme com os olhos de quem não é simpático à causa. Imaginem uma sexagenária religiosa vendo o filme. O que ela pensaria dele? Por que não mostrar uma família feliz, para ela se identificar com eles? Por que não mostrar o bandido barbarizando, para ela ter raiva dele? Em poucos segundos se faz isso. Ao contrário, pula do nada um "Dragonball" atirando sem motivo, e nem se sabe qual o grau de relacionamento dele com ninguém.
Que se mostrasse o bandido contornando o corpo da mãe com uma faca grande e reluzente...
Que se mostrasse o bandido virando e apontando uma arma de fogo para o rapaz...
Que se mostrasse o moleque dominando o ladrão, com a arma em punho, ligando para a polícia, e no final, ele indo preso junto com o ladrão, que apareceria dando risada de escárnio, dizendo a fala "o mundo tá virado ".
Aí sim causaria revolta. É triste, mas já vi isto acontecer...
Mais ainda, notei e discordo do seguinte:
- o reflexo maligno no olhar do menino aos 9 segundos;
- o olhar demoníaco aos 10 segundos e a postura de ataque e de raiva, e não de defesa comedida;
- o olhar de surpresa do bandido, que não esboça agressão, e que por isso se torna vítima;
- na viatura, aos 19 segundos, a imagem de pittboy, ainda com olhar malvado e punhos cerrados (em postura agressiva, como se fosse dar socos... mais apropriado seria as mãos em posição de súplica, pois ele se tornou vítima);
- o menino não revela nenhum abalo por ter tirado uma vida humana;
- por que colocar um menino em pleno vigor físico, ao invés de mostrar um pai de família ou idoso, em desvantagem? Costuma-se torcer pelo David, e não pelo Golias.
Eu entendo que a figura de quem se defende foi reduzida a um estereótipo que passa a idéia de imaturidade (o moleque com jeito "Dragonball" de ser) e de psicopata, pois despreza a vida dos outros.
Por que a campanha do NÃO foi vitoriosa?
Porque não pegou pesado, mas manteve a elegância e o equilíbrio, tratando da essência do tema com absoluta precisão, que é a perda de um direito.
Pergunto: essa postura é verificada aqui?
Se dependêssemos desse material para a campanha do "Não", estaríamos perdidos.
Por favor, revejam e até mesmo consultem advogados, juízes e promotores, acerca da questão da legítima defesa. O vídeo é incitação ao homicídio.
Atenciosamente, Wolf.